quarta-feira, 16 de junho de 2010

#batepapo com designer de embalagens: têre zagonel



queridas leitoras,

a entrevista de hoje é para mim especialíííííssima!
minha convidada aborda o tema que eu mais amo, desde que eu me conheço por gente, e errou quem pensou em maquiagem...

tereza zagonel, a têre, é paranaense e trabalha como pintora, ilustradora, designer gráfica e designer de embalagens!!!

sacaram o quanto essa entrevista promete???

simplesmente ela nos dá uma AULA e ensina muito contando sobre sua trajetória profissional, que inclui mais de 10 anos atuando no boticário entre outros trabalhos incríveis, inclusive para a lacqua di fiori e água de cheiro.

para quem ama embalagens fófis como eu e enxerga antes o que vê por fora quando compra algum produto, a têre nos mostra o quanto há de pesquisa por trás e como é o dia-a-dia nesse fantástico universo das embalagens.

a entrevista é longa porque eu e a têre amamos o assunto e foi difícil enxugá-lo.

aproveitem:



1. você é formada em pintura e licenciatura em desenho pela EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná) e trabalhou em agências de publicidade e também com desenho animado.
como foi sua descoberta pelo mundo das artes?
como foi trabalhar com design gráfico?


Comecei a fazer tirinhas, gibis, personagens quando sai da Belas Artes e fui convidada pra fazer desenho animado em estúdio. Daí comecei a trabalhar como free-lancer para as agências de publicidade, e acabei trabalhando dentro de uma das maiores da época aqui em Curitiba, a Umuarama Publicidade, uma house agency do antigo Bamerindus, agora HSBC.

Trabalhei também em uma agência que atendia O Boticário, lá no início (tinha uns 5 meses). Na época fiz a nova marca do Boticário e acabei fazendo a ilustração e programação visual da primeira embalagem de cosmético, mais tarde continuei fazendo o visual dos frascos, caixas, sacolas como a grande parte da Comunicação Visual dos materiais de apoio aos produtos. Acabei saindo da agência e atendendo o Boticário como free lancer por uns 10 anos e depois fui trabalhar mais uns 11 anos lá dentro quando montaram uma house agency. Gostei muito de trabalhar com embalagem e acabei fazendo até design de frascos mais tarde. No começo só usávamos frascos e tampas standard, pois novos moldes tinham um custo inviável na época.
Trabalhar dentro de uma indústria, onde você acompanha todos os passos de um produto, acaba sendo uma EXCELENTE escola.


boticário - alguém lembra desses produtos?

Hoje tenho minha empresa e trabalho com embalagem para cosméticos, alimentos, produtos de higiene, programação visual, ilustração de todo tipo e muito para a área ambiental e infantil, gibis, etc.
O que me restou do lado das artes plásticas foi a ilustração com aquarela e outras técnicas, também a execução de painéis em azulejo.

linha infantil lilica ripilica


2. conta sobre seu primeiro trabalho para o boticário.

Meu primeiro trabalho foi a revitalização da marca e também a Programação Visual do produto número 1, uma Loção de Camomila e Malva. O frasco (standard) era um vidro farmacêutico de cor âmbar para o qual desenhei uma tampa em madeira e que na época foi feito em torno para madeira. Imagine! Tinha um rótulo adesivo com a ilustração das plantas e um cartucho (caixa) simples de cor verde e plastificado (nada ecológico).

Não havia muita opção em embalagem
. Tínhamos que produzir com o que os poucos fornecedores da época ofereciam. Molde novo nem pensar! Inviável.
As quantidades produzidas ainda eram pequenas para um investimento desses. Hoje em dia os fornecedores estão mais preparados e muitas multinacionais se estabeleceram aqui. Compra-se muita coisa lá fora também. Nas feiras aparecem muitas novidades e mais oportunidades de compra de embalagens com maior tecnologia e materiais diversificados.

3. maquiagem é algo que me atrai, sobretudo pela sua aparência: o rótulo, o layout, o design do produto... e pelo o que vejo aqui no blog, a maioria das brasileiras...
você acha que no Brasil valorizamos a programação visual das linhas de cosmética?


No começo no Boticário trabalhei mais na área de Perfumaria e mais tarde também com cosméticos. Linhas de tratamento para a pele, cabelos e depois maquiagem. Com o crescimento da empresa mais profissionais foram entrando na nossa área e ficava meio dividido por categoria de produto, ou seja; perfumaria feminina, masculina, infantil,shampoos, linhas de tratamento, maquiagem, etc.
Para a execução de um novo projeto havia toda uma equipe envolvida, desde o pessoal de marketing, pesquisa com direcionamento do público alvo, desenvolvimento de produto, desenvolvimento de embalagem o que envolvia tanto a criação como engenharia de embalagem.

Não me recordo de produto não aceito, mas tenho um bom exemplo de produto de muito sucesso, alias é um case de excelente resultado: a Linha Infantil Ma Chérie de que podemos falar um pouco mais depois.


Respondendo à sua pergunta sobre o gosto do brasileiro pela embalagem;
o brasileiro gosta de novidades sempre. Falando, por exemplo, em caixas, que chamamos também de cartuchos, você pode ver que nas grandes casas de perfumaria européia geralmente dentro de uma marca, eles seguem mais ou menos um mesmo lay-out. São poucos os que possuem mecanismos complexos. Eles usam um visual limpo e sofisticado. Pode ter um diferencial no berço (interno). Já o brasileiro quer sempre novidades. Cores, estampas e mecanismos diferenciados nos cartuchos atraem a atenção. Não basta só o bom produto. A embalagem tem que oferecer muito mais. Um famoso designer francês me confirmou isso. Disse que gostamos de diversificar, eles já são mais tradicionais. Chamou o nosso visual de ”pot-pourri” (mistura) de informações. Eles se preocupam com o visual mas muito mais com a marca, com o frasco e o produto em si.

Falando em makes, as mulheres brasileiras não são exageradas como em alguns países, até porque a pele bonita e bronzeada nem pede tanta maquiagem, mas gostam de saber das novidades e sabem usar muito bem os produtos. Lêem bastante sobre este assunto. Você sabe! Gostam de embalagem bonita de visual limpo, mas alegre e que ofereça algo novo. Um diferencial.
São atraídas pelas novas tendências, estão sempre bem informadas, você constata isso nas suas pesquisa e no seu blog não é?! Muitas vezes falando sobre o assunto (makes), em reuniões com clientes, sempre alguma mulher abre a bolsa e mostra algo interessante. É até engraçado. Gosto do visual clean e penso que podemos deixar uma embalagem bonita e sofisticada de forma limpa, com o acondicionamento correto do produto e todas as informações necessárias. A embalagem tem que satisfazer na sua função principal que é embalar e permitir o transporte. Protegendo e permitindo a forma adequada de acondicionar e utilizar o produto mas o que faz a compra inicialmente é sem dúvida o visual..

4. ainda sobre makes, o que você acha que poderíamos melhorar?

Os fornecedores de matéria prima e de embalagem, hoje, são desde empresas nacionais às grandes mutinacionais, muitas já com filiais instaladas no país. Então, sendo assim, temos acesso a informações do que se tem de mais inovador, ao que tem de high-tech no mundo. Estamos sempre em sintonia com as novas tendências da indústria cosmética. Os mesmos que fornecem para as tão famosas griffes da perfumaria internacional podem fornecer para as médias, grandes e até, em alguns casos, às pequenas empresas do país.



Temos feiras internacionais dentro do país onde temos acesso aos fornecedores do mundo todo. Estive recentemente em uma Feira em São Paulo, a FCE Cosmetique - Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Cosmética. Vi muitas novidades em embalagem e também em novos produtos.

É necessário estarmos sempre atualizados, acompanhando tudo o que tem de novo. Já estive em algumas feiras no exterior e pude perceber que hoje temos Feiras excelentes aqui também.
Visitei fábricas, fornecedores, feiras e estúdios de designers no Japão, França, EUA, etc. E acho que não ficamos atrás em matéria de criação e desenvolvimento. Infelizmente o que acontece é que ainda perdemos muito em embalagem por questões de custo. Novas tecnologias envolvem custos maiores, o que acaba inviabilizando por não se conseguir um custo final o que prejudica a competição num mesmo nível no mercado. Assim, vemos também embalagens que não funcionam direito, materiais menos resistentes ou com fechamentos problemáticos, ou ainda produtos envasados em embalagem inadequada por questões de custo.

"Quando estive no Japão conhecendo a Kanebo Cosmeticos.
Nessa foto eu e parte da família Kanebo"


Sobre makes, eu acho que temos produtos bastante inovadores e, como já disse, temos que melhorar na qualidade das embalagens. É muito chato você ter um produto que não pode usar direito até o final porque a tampinha quebrou, vazou na bolsa, o pincel soltou. Apesar que, mesmo sendo menos comum, isso acontece até com as grandes marcas.

5. o querido e saudoso Dr. Botica, personagem do boticário para as crianças dos anos 80 é um trabalho do seu portfólio. sou completamente amooor pra esse case ;)

O personagem Dr. Botica foi criado por mim e a Marina Zagonel (minha cunhada) em julho de 1985. Na época trabalhávamos juntas. Eu estava voltando da maternidade, com minha filha mais velha com uns 20 dias e tinha que entregar este trabalho. Hoje ela está com 28 anos e eu digo que o personagem nasceu junto com ela. Ele é um filho também rsrsrsr.

Foi inspirado no Mago Merlin, vivia na floresta com os bichos da mata e alguns amiguinhos. Ele fabricava na casinha dele poções, shampoos, etc. O primeiro produto vinha acompanhado de uma historinha escrita toda em versinhos.
O mago Merlin tem uma coruja, símbolo da sabedoria nas costas e ele tinha um passarinho, seu sábio consultor, sua consciência. Com o tempo, o desenho foi evoluindo e a Linha não existe mais, mas o Dr. Botica é hoje o mascote da empresa.

linha infantil boticário - Dr. Botica

Aqui em Curitiba tem até um teatro de marionetes no Shopping Estação em homenagem ao personagem, o Teatro Dr. Botica [preciso conhecer!!!] , em que ajudei na decoração e no material gráfico. Houve sempre o cuidado de não descaracterizar o personagem em todos os detalhes da decoração. Pena o produto ter saído de Linha.


6. o perfume Ma Cherie, do boticário, tem um formato "joão bobo" que encanta! percebe-se que o frasco é "anatômico". nesse trabalho de criação em que é preciso pesquisa técnica aliada com liberdade artística, como você avalia a importância desses dois elementos: processo criativo x mercado. conseguimos criar sem copiar? há limites para a criatividade?


A gerência de marketing na época percebeu que o produto tinha boa venda, mas não tinha uma embalagem diferenciada. Era vendida em uma miniatura da antiga ânfora, frasco ícone do Boticário.
Nada infantil, nada interessante. Não possuía um apelo maior ou uma comunicação que despertasse atenção. Algo que agregasse valor e interesse do público infantil pelo produto. A idade (target) era em torno dos 12 anos, quando a menina está na pré adolescência e oscila entre a criança e início da fase adulta. Nada melhor que um frasco que balançasse. Mostrando, talvez até de forma subliminar, a oscilação, o balanço entre essas idades.

de forma subliminar o frasco remete às inconstâncias da adolescência

Havia na época um “briefing”, uma definição do que deveria ser o novo produto mas ainda nenhuma definição da forma. Precisávamos conceituar melhor. Poderíamos usar molde novo. Isso era muito bom, ter toda a liberdade para criar mas por outro lado deixava também um grande desafio. A embalagem além da sua função primeira que é embalar, acondicionar tem que ser interessante e funcionar direitinho. Tinha frasco de vidro, de plástico e tampa, alem da personagem e visual.


Quando tenho que criar algo em cosmética e perfumaria, não gosto de pesquisar em livros de embalagem de cosméticos para não me influenciar, então fui pesquisar em livros de alimentos. Vi uma embalagem toda redondinha de temperos que me deu o caminho para o que queria propôr. Quando trabalho com alimentos faço o contrário. rsrsrsr


Lembrei-me do “João Bobo” sim! E fiz o primeiro esboço. Um frasco de fundo redondo que balançava. O pessoal da engenharia de embalagem achou que eu estava louca, mas a gerente de produto e o dono do Boticário viram, gostaram e apostaram na idéia.
O desenvolvimento levou 2 anos. Com trabalho de uma equipe envolvendo profissionais de todas as áreas da empresa. Nesses anos, tínhamos reunião do grupo todas as semanas. O fornecedor de embalagem (vidro) e do rótulo Sleeve, na época eram da França e logo depois disso estabeleceram filial no Brasil. Foi um trabalho modelo, difícil, mas gratificante. O resultado foi um grande sucesso. Em 3 meses o share de volume (valor comparativo de volume) aumentou em 300%. As vendas aumentaram bastante, o que pediu uma extensão de Linha do produto, inclusive com maquiagem. Junto com a Celia Anrelink (atualmente na L`Àcqua di Fiori), que também criou e participou nesse projeto, apresentei o case em Congressos de embalagem e universidades como um caso de sucesso.

Um fator que pode limitar a criatividade é o custo, principalmente quando não se tem uma boa verba (budget) para o desenvolvimento daquele produto. Porém quando podemos pensar até em um molde especial para o produto, tampa nova e criar “a vontade” é muito bom mas mesmo assim temos que ter o pé no chão e saber que o produto tem que ser funcional, atender as necessidades principais de utilização do produto, adequação ao produto que será envasado, etc. Se o plástico utilizado na embalagem não estiver na densidade certa o produto não sai ao apertar não é?!
E também nem sempre o mais caro e o de maior investimento dá maior resultado se não for bem pensado. Outra coisa boa como já disse e acompanhar até o envase de um produto quando você trabalha dentro da fábrica. Certa vez melhoramos uma embalagem porque vimos que elas machucavam a mão das pessoas na Linha de produção. Tudo, tudo é importante.

7. por fim, no caso específico de frascos de perfumes, temos inúmeros formatos e tamanhos. a matéria prima, no caso, o vidro, nos surpreende com a sua paradoxal plasticidade! existem pesquisas que apontem a preferência do gosto do consumidor? o que é levado em conta na hora de criar um frasco?


Apesar de já se ter um conhecimento das limitações e possibilidades, a forma de um novo frasco tem que ser discutido também com o fornecedor que pode apontar outras limitações ou melhorias no design inicial. Os frascos das vidrarias da Europa são perfeitos. Cristalinos e sem impurezas no vidro na maioria. Hoje temos excelentes vidrarias aqui. Existe empresa antiga nessa área aqui no país também mas que em algum momento perderam esse conhecimento. O mercado pediu e hoje isso foi retomado, temos vidros lindos produzidos no Brasil.


ergonomia

As tampas também são muito importantes pois podem dar todo um charme a um simples frasco. O frasco tem que ser bonito, diferente, convidativo mas também ergonômico possibilitando uma boa “pega”, ainda mais para o vidro. Até se é uma mão masculina, feminina ou infantil. Nem pensar em escorregar da mão!

Há também muitas opções para se “enfeitar” um frasco standard quando não podemos pensar em molde novo, exclusivo. Gosto muito daqueles frascos que tem uma grande concentração de massa de vidro no fundo. Sabe, quando tem a base mais grossa?! Acho lindo! No meu começo no Boticário não tínhamos muitas opções de frascos e nessa época eu trabalhava ilustrando também com aerógrafo, (hoje coisa jurássica) então eu pintava com o compressor os frascos (ânforas) em vários tons de degradée e colocava na minha janela. Adorava ficar olhando! rsrsr


estudos

O frasco tem a ver também com a cor do produto. Com a direção olfativa do perfume, com a idade a qual é dirigido, a sofisticação. Sempre trabalhando em cima de um “briefing” do produto. Se é jovial, esportivo ou mais elegante por exemplo.
Tudo é olhado para se definir uma forma, uma cor, uma textura um novo material.
Sem esquecer o custo final é claro!


o trabalho com a matéria-prima

tere encerra o papo dizendo que:

"já falei bastante mas adoro falar sobre embalagem.
Se deixar, vou longe!!!
Um grande beijo e obrigada pela oportunidade.
Adoro o seu Blog!"

e aí, gurias, não dá vontade de estudar mais sobre o assunto e se jogar nessa profissão?

eu, que tenho uma relação afetiva com os produtos do Dr Botica, afinal, representam a minha infância já repleta de vaidade, fiquei emocionada com as palavras da têre e felicíssima em conhecer quem produziu esse projeto em especial!

um obrigada gigante para a têre e um parabéns pela trajetória profissional ainda maior =)

11 comentários:

juliane rocha disse...

Acho chique essa profissão. Adorei. Vou ler com calma toda a entrevista qdo meu bebe dormir. Adorei conhecer esse outro lado do mundo make, Anne! Bju´s.

Nandinha disse...

EU AMAVAAAAAAAAA a linha do Dr. Botica!
Amava as embalagens antigas do boticário! E espero que as ânforas não sejam extintas. Acho lindas!

Larissa Matias disse...

Eu fiz alguns trabalho de embalagem na Faculdade, é muito complicadinho vc elaborar uma. Tem que entender muito do produto e acima de tudo do publico dele.

=)
Parabens pela entrevista

Caren disse...

Bateu uma saudade dos antigos produtos do Boticário... Meu primeiro produto da marca foi aquele brilho labial da latinha. Eu não usava para não gastar... Sou consumidora da marca até hoje, acho que a qualidade só vem aumentando. É bom saber quem está por trás de tanto glamour! Adorei a entrevista.
bjks

Anônimo disse...

Adorei a entrevista, Anne!
Era viciada nesses vidrinhos de Ma Chèrie. Tinha os quatro (na época eram quatro cheirinhos, e cada frasco era de uma cor) e realmente adorava ficar balançando-os.
Muito bom ver o trabalho por trás dessas belezas.
Beijos!

anne makeup disse...

eu me emocionei muito com essa entrevista. a têre, além de ter um portfólio incrível, é uma pessoa cheia de amor pelo trabalho e uma pessoa incrível para conversar.
adorei muito dividir um pouco sobre o que eu e ela conversamos aqui com vocês =)

beijos

Lilian Girão disse...

Sempre gostei do design do Boticário, sempre tudo bem cuidado e caprichoso, dando gosto de entrar na loja, sentir o cheiro, namorar as embalagens. E essas imagens mostradas me trazem muitas lembranças boas. Parabéns pela entrevista no Blog e parabéns Têre pelo seu trabalho!

Flavinha disse...

Nossa eu tinha o perfume, o shampoo e o sabonete de maçã verde. Ganhei do meu padrinho. Veio numa caixa de madeira linda que eu tenho até hoje!

Loo disse...

pegadinha do malandro: como a filha dela nasceu em 85 e tem 28 se eu nasci em 81 e tenho 29?

Mariana Campos disse...

Poxa... Ler uma entrevista dessa me faz seguir a profissão com mais paixão ainda!! Parabéns à Terê e um beijo para as donas do blog! ^^

Maritje disse...

A linha da Boticário com o doutor Botica marcou muito a infância da geração 80, que por acaso era a minha. Eu adorava os produtos de maçã verde, aquele sabonete com uma maçãzinha no meio, o shampoo super cheiroso.. Até hoje eu tenho a maletinha (um pouco enferrujada, confesso!), que é feita de lata e a minha memória afetiva não me deixa desfazer dela nem por decreto! Beijos, Maritje xx

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